segunda-feira, 16 de abril de 2012

Honre Deus com seu trabalho - John Ortberg

Aproveitando a segunda-feira, início da semana de trabalho para a maioria das pessoas, falaremos um pouco sobre Honrar a Deus com seu trabalho, é um tópico de um capítulo do livro Sendo quem eu quero ser - Torne-se a melhor versão de você mesmo (Editora Vida) de John Ortberg, pastor Batista ... Fica aí uma dica de livro!



    O primeiro emprego do jornalista William Zinsser foi no jornal Buffalo News. Mandava a tradição que os novatos começassem redigindo obituários, mas Zinsser se sentia frustrado com a incumbência. Eu poderia estar fazendo reportagens investigativas dignas de um Pulitzer, ele pensou, mas estou aqui, preso a esses obituários. Ninguém ganha Pulitzer escrevendo obituários. Enfim, ele reuniu coragem suficiente e perguntou a seu editor:
    - Quando vou receber alguma história decente para cobrir?
    - Escute aqui, garoto! - o velho editor casca-grossa rosnou para ele. - Nada que você escrever será lido com tanta atenção quanto o que você está escrevendo agora. Redija errado uma palavra, confunda uma data, e uma família inteira sofrerá. Mas faça justiça à avó, à mãe de alguém, exalte uma vida, e as pessoas lhe serão gratas para sempre. Mandarão gravar em placa suas palavras.
    As coisas mudaram.
    "Prometi dar o máximo de mim", disse Zinsser. "Dispus-me a ir além do esperado em minhas pesquisas. Concordei em andar uma milha a mais".¹
   Em essência, é o que diz o Sermão do Monte: escreva os obituários alheios como você gostaria que os outros escrevessem o seu - algo que mereça ser reproduzido em uma placa - porque um dia alguém o fará. Zinsser acabou mudando para outros tipos de redação, incluindo um livro sobre a escrita que vendeu mais de 1 milhão de exemplares. Mas nada disso teria acontecido se ele não se dedicasse aos obituários.
    O próprio Deus só pode abençoar-me em minhas circunstâncias atuais. Se não consigo experimentar  o Espírito no trabalho que realizo agora, então não tenho absolutamente como experimentá-lo hoje.
    Meu amigo Andy Chan liderou o escritório de colocação profissional da Stanford School of Business, ajudando os formandos a encontrar emprego.² Diz ele que ainda pretende escrever um livro intitulado O mito da paixão. Trata-se do mito de que em algum lugar por aí existe o emprego perfeito, o chamado idealizado que se ajusta com perfeição a minha alma como uma chave se encaixa na fechadura. Se eu conseguir achá-lo, torrentes de paixão jorrarão em cascata de meu coração, como as águas que caem em Niagara Falls. Acalentamos essa ideia romantizada de que encontraremos "o amor-emprego à primeira vista".
    A paixão por nosso trabalho não costuma ser um vulcão subterrâneo aguardando para entrar em erupção. Parece-se mais com uma planta que necessita ser cultivada. É o músculo que se fortalece um pouco a cada dia - à medida que fazemos o que é esperado de nós e mais um pouco.
    Paulo escreveu: "Empregados, façam o que for dito por seus patrões. Não façam apenas o mínimo exigido, e sim o melhor que puderem. Trabalhem de coração para o real Senhor de vocês, para Deus, pois serão plenamente recompensados quando receberem sua herança. Lembrem-se de que, no fim das contas, o Senhor que vocês estão servindo é Cristo. O empregado mal-humorado que só faz trabalho de má qualidade terá de prestar contas. Ser um seguidor de Jesus não cobre o serviço malfeito de vocês".³
    Talvez ajude colocar um pequeno lembrete em cima da mesa: "Por Deus - dê o seu melhor!".


¹ ZINSSER, William. On Writing Well: An Informal Guide to Writing Nonfiction, 2. ed. New York: HarperCollins, 1980. p. 176.
² Comunicação pessoal.
³ Colossenses 3.22-25, A Mensagem.



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